No mesmo dia em que o IBGE divulgou que a atividade econômica voltou a crescer no primeiro trimestre, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) trouxe números mais pessimistas em relação a abril – o que indica um início de segundo trimestre mais titubeante.
A pesquisa Indicadores Industriais aponta que o faturamento real da indústria caiu 3,1% em abril comparado ao mês anterior, quando o indicador havia crescido 2,4%. As horas trabalhadas recuaram 1,3%, enquanto o emprego caiu 0,6%. Houve redução no uso da capacidade instalada, que passou de 77,1% para 76,5%, A massa salarial recuou 0,4%. Só o rendimento médio registrou alta de 0,5%, o segundo aumento mensal consecutivo, influenciado pelo recuo da inflação.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também viu redução do ritmo de atividade neste segundo trimestre, mas garante que o resultado continuará positivo no período. “O segundo trimestre não tem sido tão bom como o primeiro, mas o desempenho não deve ficar negativo. Esse é um trimestre para consolidar resultados”, afirma André Rebelo, assessor para assuntos estratégicos da presidência da Fiesp.
Para a CNI, as bases para sustentar a retomada econômica são a continuidade da queda de juros e o avanço na aprovação das reformas trabalhista e da Previdência. “O País não pode parar em função da crise política. É necessário dar condições para que as empresas retomem investimentos, haja geração de empregos e as famílias brasileiras voltem a consumir”, diz a confederação.