As exportações continuam aliviando a crise da indústria automobilística brasileira. Hoje, o mercado externo representa 30% da produção das montadoras, participação que não era alcançada há 12 anos, quando o setor bateu recorde de vendas externas, com 724,1 mil unidades vendidas fora do País.
Em razão de novos contratos, montadoras começam a suspender programas de corte de produção e até a contratar funcionários, ainda que temporários, para reforçar a produção. No primeiro semestre, as exportações de veículos aumentaram 57,2%, para 372,5 mil unidades.
Diante da alta, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), revisou sua projeção para o mercado externo de expansão de 7,2% para 35,6% em relação a 2016. Agora, espera exportar 705 mil unidades no ano. Se confirmado, será o segundo maior resultado da história, atrás apenas do registrado em 2005.
Em consequência, o volume de produção previsto no início do ano também foi revisto de alta de 11,9% para 21,5%, o equivalente a 2,619 milhões de veículos. De janeiro a junho, foram produzidos 1,263 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, 23,3% a mais ante igual período de 2016.
Foi o aumento das exportações de caminhões e ônibus para países da América Latina, Oriente Médio, África do Sul e Ásia que levou a Scania a contratar em maio 500 funcionários para a fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A participação das vendas externas na produção, antes de 30%, está em 70%, informa a Scania.