A fatia das despesas com o regime próprio dos servidores (RPPS) já é a maior em 16 (60%) das unidades federativas.
Considerados os gastos com complementações especiais e pensões relacionados às privatizações, outros três Estados entram nessa lista.
Apenas na região norte (exceto Pará) os gastos educacionais ainda são maiores.
O peso previdenciário afeta as contas das sete maiores economias do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Bahia.
A maior distorção ocorre no Rio Grande do Sul, que gasta em Previdência o triplo do que destina a educação.
O Rio de Janeiro vem em segundo lugar, com despesas previdenciárias que são mais que o dobro das educacionais. Em maio, o governo aprovou na Assembleia aumento da alíquota cobrada dos servidores de 11% para 14% sobre os rendimentos.
A medida é uma das sugestões de economistas para equilibrar a situação dos Estados, mas projeções mostram que, no Rio, o alívio não será suficiente para conter a grave crise financeira do Estado, que suspendeu pagamentos e tem provocado apagões em serviços públicos e uma escalada de violência.
Os dados são dos relatórios orçamentários dos próprios governos estaduais.