O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou, no fim de setembro, a Lava Jato como um exemplo no combate à corrupção. O documento que cita a operação brasileira é uma das iniciativas do Fundo para discutir o assunto – haverá também um seminário sobre o tema. “O FMI, em geral, não cobre esses temas, mas (a corrupção) se tornou algo tão sério, a ponto de impedir o desenvolvimento, que ganhou importância entre a direção do Fundo”, diz o brasileiro Carlos Eduardo Gonçalves, que participou da elaboração do documento. Professor licenciado da USP e pesquisador do FMI, o economista é um dos nomes por trás do estudo que aponta que, na América Latina, a renda per capita poderia crescer cerca de US$ 3 mil caso a corrupção retrocedesse. No Brasil, diz, o patamar está nessa média.